sexta-feira, 27 de maio de 2011

SEGUNDA MATÉRIA - Cinema: "Thor", dirigido por Kenneth Branagh


Desde 2001, quando foi lançada a versão cinematográfica de "Harry Potter e A Pedra Filosofal" e "O Senhor dos Aneis: A Sociedade do Anel", as adaptações literárias tornaram-se moda. Veio "Nárnia", "Eragon" e outra porrada de filmes baseados em livros - principalmente os de fantasia. Com os quadrinhos não foram diferentes. Em 2005 Christopher Nolan fez sua versão de Batman ("Batman Begins") e em 2008 sua continuação, "O Cavaleiro das Trevas", esse último batendo recordes em todos os sentidos possíveis: bilheteria e críticas muito positivas dos críticos especializados. No mesmo ano que "O Cavaleiro das Trevas" foi lançado, o primeiro filme de "Homem de Ferrro" - outra estória baseada em quadrinhos - também foi lançado, conseguindo uma bilheteria aceitável e críticas geralmente positivas. Não pode ser esquecido, claro, "Homem Aranha".





"Thor" - assim como "Homem de Ferro", "Homem-Aranha" e cia. - é baseado numa estória em quadrinhos. Não vou entrar em detalhes, pois nunca li os quadrinhos. Portanto a minha opinião é em relação ao filme. É estória é bem simples. Trata-se de um reino, Asgard, onde seu rei tem dois filhos, Locki e Thor, esse último muito arrogante. O reino está passando por um período díficil, devido a ameaça de um outro reino, o reino dos monstros de gelo. Sabendo que o pai está prestes a morrer, e que será precisa ser escolhido um novo rei, Thor decide derrotar os gigantes de gelo, mesmo sendo proibido por seu pai. Não conseguindo derrotá-los, seu pai o expulsa do reino, tira todos os seus poderes e o manda para a Terra. É aí que Thor, o deus do trovão, conhece Jane Fosther, e terá que aguentá-la até o fim do filme.


Natalie Portman (Jane Foster) e Chris Hemsworth (Thor) em uma das cenas finais

Câmera inclinada irrita... E não são poucas as vezes
Cenários do Reino de Asgard. Dire-
ção de arte caprichosa.
Os aspectos técnicos não exercem nada mais que seu papel. Estão ali e pronto. Não impressionam, mas também não irritam. A direção de arte se destaca com os cenários do grande Reino Dourado (Asgard), que passa a sensação de poder e imponência, enquanto a cidadezinha que o personagem central vai parar não há nada de fenomenal nem interessante, pelo contrário, a câmera frequentemente inclinada irrita. Os efeitos especiais, ao contrário dos que muitos andam comentando por aí, na minha opinião não são excelentes em momento algum. No começo da projeção, a luta de Thor com o exército dos gigantes de gelos é mal planejada (tanto visualmente, quanto roteiristicamente), e enquanto os minutos vão passando os efeitos especiais não conseguem ser bons o suficiente para um filme do gênero. No final, onde há mais efeitos especiais, temos uma verdadeira confusão visual. Por um lado isso é bom, já que o conteúdo - apesar de ter tido a oportunidade de ser bem explorado, mas que podia ter sido muito mais - se sobrepõe aos efeitos visuais. Bom, é o que aparenta. O fato que é que se essa categoria for indicada ao Oscar, ficarei muito surpreso.

O roteiro é desenvolvido de uma forma bastante razoável, de fácil entendimento e uma estória interessante, com cenas intercaladas no reino de Asgard e e outras na cidade do Novo México. Marcado por reviravoltas fantásticas, devido a um texto trabalhado de uma maneira mais comedida, dando mais prioridade ao conteúdo, "Thor", em suas exatas uma hora e quarenta e quatro minutos consegue empolgar o público, mesmo que seja esquecível e no final você se pergunte: "Para quê?".


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